quinta-feira, 30 de agosto de 2012

Prosa e Poesia

Olá, pessoal!
Dessa vez, preparei uma poesia inspirada nos dias Byronistas, em que passamos solitários em um cômodo apertado...


A Morte
                       

por Bruno Pires


Às duas horas
Garrafa ao chão
Taça cansada marcada por sangue
Mão trêmula abre a porta
Convido a entrar

Capuz
Mãos delicadas
Rosto escondido
Segredo que me seduz

Toca meu pescoço
Despertando o meu prazer
Olho na escuridão dos olhos
Imagino como gostaria que fosse

Uma das mãos percorre minha barriga
Isso faz parte do jogo?
A lâmina surge de uma das mangas
Raspa delicadamente a pele do meu rosto
Sinto-me excitado pelo medo

Hora de pedir para acabar como o meu sofrimento
A lâmina penetra a minha carne
Uma sensação de alívio toma meu penosamente
Sem mais obrigações ou surpresas desagradáveis

Voltarei ao meu estado original
O escuro
Onde a voz não exprime a dor
Onde o sono não cessa o cansaço
O nada eterno

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