Dessa vez, preparei uma poesia inspirada nos dias Byronistas, em que passamos solitários em um cômodo apertado...
A Morte
por Bruno Pires
Às duas horas
Garrafa ao chão
Taça cansada marcada por sangue
Mão trêmula abre a porta
Convido a entrar
Capuz
Mãos delicadas
Rosto escondido
Segredo que me seduz
Toca meu pescoço
Despertando o meu prazer
Olho na escuridão dos olhos
Imagino como gostaria que fosse
Uma das mãos percorre minha barriga
Isso faz parte do jogo?
A lâmina surge de uma das mangas
Raspa delicadamente a pele do meu rosto
Sinto-me excitado pelo medo
Hora de pedir para acabar como o meu sofrimento
A lâmina penetra a minha carne
Uma sensação de alívio toma meu penosamente
Sem mais obrigações ou surpresas desagradáveis
Voltarei ao meu estado original
O escuro
Onde a voz não exprime a dor
Onde o sono não cessa o cansaço
O nada eterno
Nenhum comentário:
Postar um comentário